NotíciasPáginas Heróicas

O maior campeão do Maior de Minas

Salve Nação Azul!

PREZADO LEITOR, NÃO DESÇA A PÁGINA!

Não veja a foto ou o nome do jogador em questão sem antes tentar me responder a algumas questões.

Qual é o jogador da história do Cruzeiro que mais títulos conquistou com essa camisa?

Quem foi o craque que ganhou pelo menos um título por ano durante nove temporadas seguidas?

Que defendeu em campo as cores azul e branco por mais de 400 jogos?

Depois das três pistas, as opções:

Wilson Piazza?

Raul?

Dirceu Lopes?

Tostão?

Nelinho, Joãozinho, Fábio, Zé Carlos…

Pode esquecer!

Agora sim, pode rolar a barra.

O cara em questão é o mineiro Ricardo Alexandre dos Santos.

Ricardinho, o Mosquitinho Azul.

Pequeno na estatura, um gigante em campo.

Simplesmente o maior campeão da história do Maior de Minas!

Foto: Paulo Fonseca/ Arquivo pessoal

Olhem a galeria do rapaz: Libertadores (97), Recopa Sul-americana (98), Copa do Brasil (96 e 2000)

Isso citando só os títulos de grandeza maior.

Porque o Mosquitinho Azul ganhou 15 canecos entre 1994 e 2002.

Foram nove anos seguidos saindo nos pôsteres Brasil afora.

Só para constar: a galeria de Ricardinho tem muito mais valor do que de muito time espalhado por aí…

E isso já bastaria para colocá-lo no pavilhão dos maiores da nossa quase centenária história.

Eu poderia parar meu relato por aqui.

Mas e se ele fosse um jogador comum?

Teríamos por ele esse carinho imenso?

Fato é que poucos doavam-se em campo como ele se doava.

De uma raça improvável, apesar do físico franzino não houve bola dividida em que Ricardinho não se apresentasse para tentar ganhar.

Com o passar dos anos, além de ser um leão no meio-campo celeste o craque desenvolveu uma característica que o fez subir ainda mais no conceito do povo: o potente chute de média e longa distância.

Foram muitos gols (46) pelo Cruzeiro para um volante apoiador.

Num massacre de 7 a 0 contra o América, por exemplo, ele deixou dois com categoria.

Jogos memoráveis também há aos montes.

Formando uma dupla de imenso respeito com o volante Fabinho, comandou o time celeste à Copa do Brasil em 1996, com vitórias espetaculares sobre o Vasco (6×2), Corinthians (4×0), sem falar naquela histórica final contra o Super-Palmeiras de Luxemburgo, onde o Cruzeiro calou o Parque Antártica.

Na Libertadores de 97 Ricardinho também foi primordial.

Defendeu como nunca na ‘Batalha de Santiago’, a semifinal contra o Colo-Colo que foi decidida nos pênaltis, onde ele converteu o dele.

E na notável final que coroou um dos Cruzeiros mais raçudos de todos os tempos. Se o time tinha dois craques acima da média (Dida e Palhinha), a cara da equipe era a raça de Ricardinho e seus asseclas.

Foto: Cruzeiro / Site oficial

O Mosquitinho também estava em campo na decisão da Copa do Brasil de 2000.

Naquele teste para cardíacos, Ricardinho foi um dos que orientou (junto a Muller) o jovem Geovanni a soltar a bomba e sair pro abraço no gol do título aos 45 do segundo tempo.

Foto: Paulo Filgueiras / EM. Brasil

Ricardinho deixou o Cruzeiro em 2002, aceitando proposta do futebol do Japão.

Voltou em 2007, mas uma série de lesões o impediram de jogar o futebol de pura energia que conquistara o Brasil.

Ele se aposentou em 2008, apenas aos 32 anos.

O corpo não ajudava mais e por ser extremamente competitivo e comprometido, se cobrava por não conseguir mais ajudar aos seus companheiros.

Um fato deixa bem claro a entrega dele em campo e a pouquíssima disposição à derrota.

Na despedida do craque Alex, no Mineirão, Ricardinho caiu no time dos mais veteranos, fisicamente muito inferior.

O jogo era festivo mas o que mais se comentava nas cadeiras do Mineirão era o apetite do camisa 8 do time de branco, que por algumas vezes derrubou os ‘adversários’ para que não chegassem à sua meta.

Era Ricardinho!

Talvez em seu coração havia o desejo de levantar mais esse caneco.

De ganhar mais esse jogo no Mineirão.

Afinal, seu nome é vitória.

Sobrenome, raça!

Veja mais

Deixe uma resposta

Botão Voltar ao topo