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Sérgio Santos Rodrigues se despede do cargo de presidente do Cruzeiro e pede perdão por erros

O presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, que viveu a maior crise da história do clube, com três anos disputando a Série B do Campeonato Brasileiro, se despediu do cargo de mandatário da equipe celeste.

Em uma carta divulgada no seu perfil no Instagram, Sérgio Rodrigues relembrou um pouco dos últimos três anos e meio que viveu como presidente do Cruzeiro, e afirmou que errou, pediu perdão pelos erros durante sua trajetória como presidente do clube.

Sérgio Rodrigues ainda destacou que acredita que o Cruzeiro está no caminho certo, guiado por outras mãos, mas com o objetivo de fazer o clube cada vez maior. O agora ex-presidente ainda agradeceu sua esposa, Fernanda, e seus filhos.

Em uma eleição realizada no final de outubro deste ano, Lidson Potsch da chapa Cruzeiro Consciente foi eleito como novo presidente do Cruzeiro Esporte Clube, tendo como vice-presidentes: Clemenceau Chiabi (1°) e Waldeyr Estevão (2°).

Lidson Potsch será o presidente do Cruzeiro no triênio de 2024 a 2027. O novo mandatário do clube contou com o apoio de Ronaldo Fenômeno, sócio majoritário da SAF da equipe celeste.

Escrevo hoje as últimas palavras sobre os últimos 3 anos e meio da minha vida, quando realizei o sonho de me tornar Presidente do Cruzeiro Esporte Clube. Não quis fazer na correria do dia da posse, não quis esperar o dia 31/12. Achei que o momento, com calma, seria hoje.

O menino que teve aniversário do Cruzeiro ainda pequeno;o menino que entrou em campo aos 9 anos; o menino que foi com o Pai ver os títulos da Supercopa;o adolescente que viajou pra ver seu time várias vezes;o jovem que em 2003 esteve em todos os jogos com a Turma do Bar 20 na arquibancada;o jovem que viajou pela 1a vez com a delegação para o Paraguai na Libertadores de 2008; o profissional que tantas vezes defendeu o Cruzeiro nos Tribunais; o voluntário que entre diversas funções não remuneradas passou pela Sede Administrativa e pelas Tocas 1 e 2 finalmente chegou lá. Aos 37 anos realizou o sonho que provavelmente os 10 milhões de torcedores tem: tornar-se Presidente do Clube do coração.

Tudo bem que naquele momento talvez muitos não topassem. Situação delicadíssima que nem preciso descrever aqui, mas todo torcedor é um Presidente em potencial. Porém, assentar na cadeira, pegar a caneta e colocar a cara a tapa muda bem nossa vida. Eu aprendi demais e não arrependo nenhum segundo de ter passado por tudo que passei. O fim justificou o meio. Selou o que pretendíamos desde o começo: pegar um clube desacreditado, que alguns defendiam extinguir o CNPJ, e viabilizá-lo novamente. Como falei nas entrevistas iniciais: um Cruzeiro para os nosso filhos e netos.

Quem me conhece sabe que não leio nem preparo discursos. Na minha saída me vieram à cabeça 4 palavras, que nortearam minha palavras. Sintetizá-las-ei aqui: GRATIDÃO, por todos que me ajudaram na caminhada; difícil nominar e viraria um livro isso. Quem esteve ao lado sabe disso e se sente abraçado; OPORTUNIDADE, porque se o menino da arquibancada chegou lá, qualquer um que queira e trabalhe pode chegar lá; PERDÃO, porque errei demais e não reconhecer isso seria absurdo; ESPERANÇA, porque realmente acredito que estamos no caminho certo, guiados por outras mãos, mas que tem o mesmo objetivo de nos fazer cada vez maiores.

Não vou fazer balanço, não vou enaltecer acertos nem muito menos voltar aos erros. Está tudo posto. O tempo vai mostrando as coisas, ainda que aos poucos. Fizemos e vendemos a 1a SAF do Brasil. Este marco, daqui a centenas de anos, jamais será apagado. E temos, ainda, um longo caminho pela frente. O futebol está no coração, na veia; me trouxe muitos amigos e pessoas boas, que sempre estarão ao meu lado. As ruins eu nem lembro mais; se não me acrescentam nada, não perco tempo com elas. Ja que encarei uma regata inesquecível em 2023, espero que novos mares apareçam para a gente velejar, revoltos ou não. Já mostramos que não temos medo da tempestade; aliás, ela só nos dá mais motivação!

Por fim: Fernanda Alvarenga, Maria Clara, João Alvarenga Santos Rodrigues e agora a Ana, que pouco viveu disso: vocês são a razão da minha vida. Desculpa pela minha falta nos últimos 3 anos e meio. Compensarei nos próximos 100 que pretendo estar ao lado de vocês. Fernanda, mulher forte, obrigado por ser o suporte e o contraponto que eu preciso para aguentar e evoluir. Sem vocês nada faria sentido….Com amor, Sérgio.

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