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Paulo André assume erros da diretoria do Cruzeiro e explica papel de Elias na equipe

O dirigente concedeu uma entrevista coletiva nesta sexta-feira (26), na Toca da Raposa 2

O diretor de futebol do Cruzeiro interino, Paulo André, concedeu uma entrevista coletiva nesta sexta-feira (26), e falou sobre a situação do clube, sobre algumas decisões erradas da direção do clube.

Durante sua coletiva desta sexta-feira, Paulo André respondeu sobre o início de ano conturbado do Cruzeiro, com mudança de treinador, saída de goleiro titular, e agora a saída do diretor de futebol.

“A gente não esperava que o ano fosse turbulento nesses primeiros quatro meses, como eu disse, essa queda na Copa do Brasil talvez seja a mais impactante, no sentido financeiro, e como eu disse no objetivo esportivo”, afirmou o dirigente.

Paulo André também respondeu sobre o episódio que acabou resultando na saída de Rafael Cabral, que pediu para deixar o clube após a partida contra o Alianza, pela Copa Sul-Americana.

“Foi um pedido dele, sair do clube naquele momento. Na sexta-feira, pós Alianza, nos jogamos na quinta-feira a noite, na sexta-feira, ele me ligou e pediu para ser negociado, eu pedi ele para ter um pouco de paciência, pra gente conversar no sábado. E no sábado pela manhã ele esteve com o Seabra, antes do treino, conversou com o Seabra e definiu-se entre eles, que ele iria para o jogo e que iria jogar. Naquela tarde eles foram para casa, voltariam a noite para concentração, e talvez, provavelmente, e aí é uma opinião, em casa ele foi convencido pela família, a mais uma vez me ligar e pedir para sair. Então assim se deu, nessa segunda ligação eu disse: “Então você não tem cabeça para estar no jogo de amanhã e você está fora do jogo.” Iniciamos uma negociação com um clube e acabamos terminando uma negociação com outro clube que foi o Grêmio”, disse.

Perguntado sobre um balanço do ano do Cruzeiro até o momento, Paulo André citou que o clube teve bons momentos e momentos mais difíceis, mas que o time precisa ter uma estabilidade.

“O balanço do ano até aqui, e ai estou de acordo com você, sobre tudo por desempenho, acho que a gente poderia ter desempenhado melhor. Tivemos bons momentos, momentos mais difíceis, mas eu acho que a gente tem que ter uma estabilidade, para a gente conseguir passar essa confiança ao torcedor, e que a gente também tenha essa confiança dentro do elenco, porque os desafios ao longo da temporada ainda serão grandes”, respondeu.

O dirigente também falou que após a saída de Pedro Martins, não haverá uma “pressa” para definir um novo nome para assumir o cargo de diretor de futebol do Cruzeiro.

“Inicialmente a gente não tem pressa para tomar essa decisão, a gente, a ideia de eu estar aqui, é para a gente causar a menor quantidade de ondas possíveis né, com o impacto da saída do Pedro. Eu já conheço bastante a operação e o dia a dia, nos últimos dois anos estive menos presente, nesse ano já estou mais um pouco presente, desde fevereiro, comecinho de março. E a gente segue a linha de trabalho do projeto, da mesma forma, com tempo a gente vai ver se a necessidade de fato de trazer alguém, e qual é o perfil dessa pessoa”, afirmou.

Em uma pergunta sobre o fato do departamento de futebol do Cruzeiro não assumir os erros, Paulo André citou alguns fatos ocorridos na última temporada e que a direção não se enibe dos erros.

“Talvez haja falha de comunicação, no sentido de que, a forma como a gente está traduzindo o erro, ou o fracasso, é de tal maneira que a gente coloque, tivemos três, quatro treinadores no ano passado, correto? Oscilamos, a ponto de correr algum risco de cair, e todo mundo se juntou ali para a gente conseguir ter o sucesso ali no final. Quando a gente olha o objetivo no início do ano, não quer dizer que a gente atingiu o objetivo e que está tudo certo, em nenhum momento isso foi falado: “Nós não erramos, nós não fracassamos, nós não fizemos cagada.”, o que nós estamos falando é que apesar de tudo, nós atingimos o objetivo, e atingimos o objetivo dentro do orçamento, sem estourar o orçamento, independente de quantos jogadores passaram, quantos jogadores saíram, quantos treinadores vieram, tá? Por que as condições também de todos os acordos, foram dentro das nossas prioridades, tanto de chegada, quanto de salário, quanto de rescisão. Então assim, o que a gente tenta fazer é, erra pequeno e corrige logo. Por que errar a gente vai errar o dia inteiro, o tempo todo, o que a gente tem que fazer é acertar grande”, respondeu.

O diretor ainda citou os erros em 2023, com o processo de mudanças de treinadores na última temporada, Paulo André assumiu os erros nas decisões no decorrer da temporada.

“Estou aqui para assumir todos os erros que foram feitos, a responsabilidade é minha, as trocas de treinadores. Eu acho que depois do Pepa, a sequência dos treinadores, a gente errou bastante, a gente errou muito. Nós tentamos estilos diferentes, maneiras diferentes, por momentos, por questão de mercado. E acho, essa é a minha opinião pessoal, que a resposta estava em casa desde o dia um, queria eu ter colocado, ter votado no Seabra no pós Pepa, quando o Seabra fez um jogo contra o Bragantino e foi muito bem, nós jogamos bem aquele jogo, apesar de ter sido um 0 a 0”, destacou.

Paulo André ainda citou que a diretoria do Cruzeiro enxerga hoje, Fernando Seabra como “o cara” do projeto do clube, que tem o estilo de jogo que a equipe deseja praticar.

“Então nós demos essa volta inteira para hoje ter o Seabra, e falar: “Esse cara, é o cara do nosso projeto, esse cara tem potencial, precisa ser desenvolvido, precisa ser ajudado, precisa ser apoiado no sentido de crescimento, porque é uma experiência gigantesca dirigir o Cruzeiro no seu primeiro grande trabalho.”, A essência do jogo dele tem haver com aquilo que a gente acha que o Cruzeiro tem que praticar”, afirmou.

Ao ser perguntado sobre o papel que tem o ex-volante Elias no Cruzeiro, Paulo André afirmou que o ex-jogador é um assessor pessoal de Ronaldo, sócio majoritário da SAF da Raposa.

“O Elias não tem nenhum papel, nenhum poder de decisão nem aqui no Cruzeiro, nem no Valladolid, Elias não está no dia a dia de nenhum dos dois clubes. Elias é um assessor exclusivo do Ronaldo, que tem livre entrada nos dois clubes, para poder acompanhar treinos e jogos. Mas ele não participa das reuniões executivas do Cruzeiro, e não participa das reuniões executivas do Valladolid, não tem acesso a isso, esse é o papel do Elias”, contou o dirigente.

Dyhego Salazar

Nascido em 14 de Julho de 1994, apaixonado pelo Cruzeiro Esporte Clube e cobrindo o Cruzeiro através do Diário Celeste.

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