Jairzinho, ídolo do Cruzeiro

  • Nome completo: Jair Ventura Filho
  • Apelido: Jairzinho / Furacão da Copa de 70
  • Data de nascimento: 25/12/1944
  • Jogos e gols pelo Cruzeiro: 50 jogos e 29 gols
  • Títulos: Copa Libertadores (1976) e Campeonato Mineiro (1975)

Carioca, Jairzinho iniciou e jogou grande parte da sua carreira na sua cidade natal. Por lá, foi revelado pelo Botafogo, onde jogou pelo elenco principal entre 1959 e 1974, e conquistou também a maioria dos títulos da sua carreira, tornando-se ídolo.

Alguns anos depois, Vindo de passagem sem destaque na França, Jairzinho desembarcou em Belo Horizonte com 31 anos. Mas sob a desconfiança de parte da imprensa mineira que considerava o furacão da Copa de 70 “velho” para substituir Dirceu Lopes. No entanto, sobretudo devido ao feito na Copa do Mundo de 1970, ele foi recebido com alvoroço pela torcida do Cruzeiro.

Jairzinho, por sua vez, não decepcionou, fazendo bons jogos em um elenco que tinha outros grandes nomes, como Raul Plassmann, Nelinho, Joãozinho, Wilson Piazza, Zé Carlos e Palhinha. Logo, foi fundamental na conquista da Libertadores, onde foi vice-artilheiro com 12 gols marcados (13 jogos).

Em entrevista ao Globoesporte, Jarzinho falou sobre a desconfiança em sua chegada: “Eu sempre fui um cara muito direcionado àquilo que é mais importante, que é o objetivo a ser alcançado. Nunca fui muito de brincadeirinhas, até porque não dava tempo. Sempre fui muito sério, em busca de preservar o meu nome. Eu cheguei ao Cruzeiro e pouca gente acreditou que eu pudesse jogar o futebol que sempre joguei. Queimei a língua de muita gente.”

Apesar do título, o Cruzeiro perdeu o atacante Roberto Batata durante a disputa da Libertadores em um acidente de carro. Batata era um dos titulares e principais jogadores do elenco celeste, e era também um grande amigo de Jairzinho.

Jairzinho falou sobre sua morte: “Eu fiquei no Rio, após o retorno do Peru. Chegamos no Brasil às 6h. O Roberto Batata só falava no filhinho recém nascido. Eu pedi para não deixarem ele pegar o carro, mas aí aconteceu aquele acidente horrível. Machucou todos nós, eu principalmente.”

Cruzeiro homenageia Jairzinho – Foto: Maurício Paulucci

Jairzinho complementou: “Nós éramos muito amigos e eu dava força pra ele chegar à Seleção Brasileira, com aquele futebol maravilhoso praticado. No jogo contra o Alianza, no Mineirão, ganhamos por 7 a 1. Quando chegamos ao quinto gol, combinamos de chegar ao sétimo, para homenagear o Roberto, que jogava com a camisa 7. Eu fiz o sétimo gol.”

Como dito acima, Jairzinho foi apelidado também de furacão da Copa de 70. Isso porque teve um dos maiores desempenhos individuais de um atleta na Copa do Mundo, que foi caracterizado pela sua explosão, velocidades e técnica absurdas. Assim, foi um dos pilares da seleção brasileira na conquista da Copa do Mundo de 1970.

Em campo, Jairzinho fez gol em todos os jogos, sete gols no total (anotou dois contra a Tchecoslováquia), o único jogador na história, até hoje, a conseguir tal feito: “Teve um narrador de futebol que falava ‘com essas arrancadas que ele desenvolve, parece até um furacão”. Jairzinho já está descartado, é Furacão. Caiu no agrado da torcida.” – disse Jairzinho

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