Polícia Civil conclui inquérito sem ver crime em contrato de jogadores na gestão de Wagner Pires, no Cruzeiro
A Polícia Civil digitalizou nessa semana o relatório do Departamento Estadual de Combate à Corrupção e Fraudes, sobre os contratos de jogadores na gestão de Wagner Pires, no Cruzeiro. Dessa forma, o órgão determinou em documento que não foi possível encontrar elementos que caracterizem o ilícito (crime) penal nos documentos analisados.
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Foram analisados os contratos de Arrascaeta, Orejuela, Renato Kayzer, Patrick Brey, Gabriel Brazão e Vinicíus Barreta. Onde, como dito acima, por não ter encontrado irregularidades, não foi feito o indiciamento de Wagner Pires, Itair Machado e nem de agentes de atletas citados. Veja abaixo a decisão, conforme publicado por Lucas Ragazzi na Itatiaia:
“Ao que se vislumbra até o momento, não há elementos que possibilitem o convencimento de que os investigados agiram no intento de ter vantagem ilícita mediante fraudes contratuais. O limite entre o ilícito civil e o ilícito penal consiste, por exemplo, estelionato e um mero desacordo comercial ou uma negociação desvantajosa. Assim, para atuação do direito penal, não podemos ter dúvidas do caráter penal da conduta praticada nos contratos analisados, o que não ficou evidenciado nos autos”
Processo pode ser analisado na esfera cível
O inquérito foi iniciado em 2021, quando o Cruzeiro solicitou uma análise. Mas, como ressaltou o delegado responsável, o clube celeste não apresentou mais nenhum outro fato claro que comprovasse indicariam algum tipo de crime na esfera do direito penal. Entretanto, o relatório aponta que, apesar disso e da conclusão, ele pode ser análisado sob a luz do direito cível:
“Sendo o Cruzeiro Esporte Clube uma entidade de direito privado, entendemos que as questões contratuais devem ser resolvidas através de outros ramos do direito. Destaca-se que não foram encontrados fatos típicos dentro os contratos analisados, razão pela qual não encontramos elementos de convicção para proceder o indiciamento dos investigados”