Léo relembra passagem no Cruzeiro e critica tratamento da diretoria em 2020: “meteu o pé quando precisei de ajuda”

Um dos jogadores que mais jogou na história do Cruzeiro, o zagueiro Léo participou recentemente do Bora Podcast. O defensor que acumulou 401 jogos em 11 temporadas pelo Cruzeiro, saiu do clube em 2020 após uma decisão unilateral da diretoria. A rescisão veio após ele se recuperar de um edema ósseo.

Diante da situação da sua saída, no Podcast, o zagueiro Léo criticou a postura da diretoria com ele: “Era para participar de um momento de reconstrução (em 2020). Não sabia se iria receber salário, se teria time, mas que eu estaria ali para poder ajudar. É engraçado que, no momento em que o Cruzeiro mais precisou, eu estava aberto a ajudar. Agora, quando eu tive uma lesão, quando mais precisei, o Cruzeiro meteu o pé. Falou que eu não jogaria mais.”

Na sequência, Léo fez questão de deixar claro que suas criticas são aos membros da diretoria e não a instituição: “Ou melhor, o Cruzeiro não: pessoas. O Cruzeiro, a instituição, eu tenho um carinho muito grande. O clube participou de um terço da minha vida. Sou muito grato ao torcedor, à instituição. Mas foram pessoas que passaram ali no momento que não souberam administrar algumas situações. Não tenho mágoa nenhuma. Mas é necessário ter resiliência.”

Momentos marcantes na história do Cruzeiro

Outros pontos abordados, foram alguns momentos marcantes dele com a camisa do Cruzeiro. Um deles foi o 6×1 sobre o Atlético em 2011: “Foi um dia muito pesado. O Atlético também tava brigando ali mas se livrou uma rodada antes, então foi uma semana de alivio pra eles. Pra gente foi uma semana de muito mais cobrança, pressão. Foi um jogo muito tenso, todo mundo naquela pilha e ai a gente entrou com sangue no olho. Uma vibração enorme dos jogadores dentro de campo, tanto que no 1° tempo já tava 4×0. Então foi algo muito valioso. No final do jogo parecia que tinha tirado uma carreta 300 toneladas das costas.”

Outra passagem abordada foram os títulos brasileiros de 2013 e 2014, onde Léo fez parte do elencos campeões: “Deu uma liga de uma certa maneira com aquele (elenco) de 2013/14 que era uma coisa meio família. Todo mundo se juntava, tinha o aniversário de algum filho e todo mundo tava junto ali 26 (jogadores), quase o elenco inteiro. Grande maioria era casado, tinha família e todo mundo se juntava, era algo muito legal. E ai isso foi transformando pra dentro de campo, vinha as qualidades, as técnicas, o entrosamento, vinha um tanto de coisa boa que ia encaixando e foi embora.”

Além de campeão brasileiro em 2013 e 2014, Léo foi também campeão da Copa do Brasil pelo Cruzeiro em 2017 e 2018. Ademais, conquistou foi campeão mineiro em 2011, 2014, 2018 e 2019.