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CEO do Cruzeiro, Gabriel Lima detalha relação com Minas Arena em podcast

Recentemente, o gestor celeste Ronaldo declarou rompida a relação do Cruzeiro com a Minas Arena para utilização do Mineirão. Um pouco depois, o governo do estado decidiu intervir montando um comitê e tomando mais medidas com relação ao gigante da Pampulha.

Diante disso, o CEO do Cruzeiro, Gabriel Lima detalhou um pouco mais sobre como foi essa relação e as conversas em 2022, até chegar ao rompimento em 2023. A entrevista do CEO da raposa foi no Podcast do jornalista Samuel Venâncio nessa terça (24).

Contrato desequilibrado

Inicialmente, Gabriel falou da posição de Ronaldo e dele desde 2022: “O Ronaldo sempre foi contra a nossa posição, minha e do Enrico, ele sempre achou ruim o contrato. Eu falei pra esperar um tempo, que a gente ia reconstruir essa ponte. ‘Me dá um tempo, me dá esse ano’ ele falou ‘não vai melhorar’. E isso foi motivo de grandes discussões nossas ao longo do ano de 2022, quando, no final das contas, ele estava certo.”

Reforçando que o contrato não era equilibrado, ele falou que o objetivo é melhorar para ambas as partes: “Não é simplesmente aumentar a arrecadação do Cruzeiro. Óbvio que eu quero aumentar, quero melhores condições e quero receber mais dinheiro pra investir mais no clube. Mas não é só isso. Quero melhorar a condição do próprio Mineirão para o próprio torcedor.”

Na sequência, ele detalhou um pouco mais: ” Eu acho, por exemplo, que as catracas do Mineirão são uma vergonha. O fato de não ter iluminação de led, é horrível pro espetáculo televisivo. O gramado é horrível e durante vários jogos não esteve em condições. O fato de querer aumentar a arrecadação pro Cruzeiro, não é simplesmente colocar dinheiro no nosso bolso, quero que seja reinvestido no Mineirão.”

Cruzeiro propôs solução

Outro ponto abordado, foi uma mudança feita pelo Cruzeiro envolvendo o governo do estado, o secretário Fernando Marcato e um outro operador: “Trouxemos um operador de renome para conversar com a Minas Arena, nos colocamos à disposição. Chegamos numa solução financeira que diminuía o repasse do governo, aumentava a arrecadação da Minas Arena e deixava o governo satisfeito e ainda tinha o operador. Deixava em 4 partes e deixava todo mundo feliz.”

Na sequência, ele expôs que a Minas Arena não aceitou a proposta celeste: “A resposta veio no final de dezembro, propondo o mesmo modelo de 2022, ou uma versão de antes da gente entrar. Aí eu falei ‘olha, desculpa, mas esse modelo não atende o Cruzeiro’, eu vou me mover em outra direção. “

Dívida e perspectiva

Atualmente, o Cruzeiro tem uma dívida com a Minas Arena. Dessa forma, Gabriel Lima falou sobre isso também: “Fala-se da dívida com o Mineirão. A Lei da SAF é clara, a dívida é da associação que vai ser tratada na Recuperação Judicial. Eles ficam tentando empurrar esse negócio como se fosse um problema nosso. Ao longo de 2022 a gente pagou, regularmente em dia, todos os compromissos que a gente assumiu com a Minas Arena, mesmo sem concordar com o que estava sendo cobrado.

Por fim, Gabriel Lima demonstrou otimismo em uma solução: “Eu tenho esperança de evoluir. Esperança de jogar no Mineirão, que o Cruzeiro possa jogar e que o Mineirão volte a receber jogos de futebol. Não somos contra os shows, tá? São uma fonte de receita, são importantes, mas desde que a priorização, seja do futebol. Simples assim.”

Gabriel complementou: “A esperança existe, eu acompanhei a conferência de imprensa do Secretário (Fernando) Marcato, ele explicou que instauraria esse comitê e nós iremos participar. Não é pressão política, o que a gente quer é ser ouvido e que seja um contrato equilibrado, que seja bom pro contribuinte também.”

Assista a entrevista completa

Diego Marinho

Mineiro, 31 anos. Graduado em História, setorista do Cruzeiro no Diário Celeste.

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