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Pós Jogo – CRB 1×1 Cruzeiro – Análise tática da partida

Um empate que definiu a eliminação na Copa do Brasil, agora o foco é apenas na Série B. Vamos ver como foi o desempenho do Cruzeiro nesse jogo…

Quem Jogou

Organização Defensiva

O CRB abdicou de ficar com a bola, pela vantagem que construiu no primeiro jogo, e na maioria das vezes optava pela bola longa na saída de bola. Com isso o Cruzeiro teve poucos momentos em Organização Defensiva.

Quando o CRB procurava rodar a bola o Cruzeiro se organizava em um 4.4.2, a partir de um bloco médio, como de costume.

Porém a equipe celeste soube negar espaços para o adversário, fazendo com que a bola fosse sendo recuada. E quando essa bola era recuada o Cruzeiro subia o bloco de marcação, normalmente roubando a bola ou fazendo com que o adversário errasse.

Transição Ofensiva

Quando recuperava a bola, o Cruzeiro buscava um primeiro passe para frente, para sair em velocidade e pegar o adversário desequilibrado na defesa. Mas o time ainda sofre na tomada de decisão nessa fase, e por vezes a transição é prejudicada, seja por um passe, movimentação ou domínio errado.

Quando não era possível realizar essa passe progressivo, o Cruzeiro retornava a bola e fazia uma transição mais segura para entrar em organização ofensiva.

E foi justamente através de uma transição que saiu o nosso gol. Fabio sai jogando em velocidade com Jadsom, que acelera e acha Riquelmo bem posicionado pela esquerda. Giovanni faz um movimento de infiltração e recebe a bola para abrir o placar.

Organização Ofensiva

Mais uma vez o Cruzeiro buscou construir seus ataques através de uma “saída de 3”. Cáceres foi quem mais esteve ao lado dos zagueiros, porém Jadsom também contribuiu muito nessa fase.

A organização ofensiva do Cruzeiro tem se resumido em inversões procurando os corredores laterais. O problema é que não acontece dinâmicas para potencializar essas jogadas, e o time é facilmente anulado.

Além disso o time vem apresentando alguns problemas de tomada de decisão que tem prejudicado e muito a criação. Por exemplo a dificuldade de identificar espaços para se tornar linha de passe.

Outro problema é a dificuldade de posicionar o corpo corretamente para receber a bola, nesse lance Giovanni se estivesse com o corpo perfilado para o gol poderia facilmente ter acionado Riquelmo.

E por último, em certos lances em que poderia sair jogando curto, a equipe simplesmente vira as costas para a jogada, e após uma ligação direta a bola acaba sendo perdida.

Transição Defensiva

O Cruzeiro continua errando muito na execução do “perde pressiona” idealizado pelo treinador, não existe uma sincronia nos movimentos permitindo pressionar o portador além de fechar as linhas de passe.

E o gol sai em uma transição, onde a pressão não funciona e termina com um erro de posicionamento somado a um escorregão de Léo dentro da área. Na frente de Léo Gamalho é fatal!

Conclusão

O Cruzeiro, até pela forma como o CRB se comportou, dominou as ações com bola no primeiro tempo, mas após o gol de empate a equipe ficou apática, aparentemente entregue. Temos muito que melhorar, e amanhã já tem Série B.

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