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Ronaldo critica suposto esquema entre conselheiros e torcida organizada do Cruzeiro; veja

Ronaldo foi o primeiro gestor da história da SAF do Cruzeiro

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Ex-gestor da SAF do Cruzeiro, Ronaldo falou sobre alguns temas relacionados ao clube em entrevista ao Charla Podcast. Onde, criticou um suposto esquema entre os conselheiros do Cruzeiro Associação, e a torcida organizada Máfia Azul, veja:

“Mas eu peguei uma coisa também, que é complicado para o torcedor, a imprensa, todo mundo entender, que é política de associação. Tem lá 400 conselheiros, tirou o futebol (foi para a SAF) e os caras não tinham nada para fazer, piorou. Eles tinham os contatos deles, torcida organizada, davam ingresso pra cá, camisa pra lá. Não xingavam eles (conselheiros), xingavam quem estava ali (SAF do Cruzeiro).”, começou dizendo o ex-jogador

Na sequência, Ronaldo citou a Máfia Azul falando sobre ingressos: “Ainda tem essa relação, tem gente ainda operando por trás da Máfia Azul, que é a maior torcida organizada do Cruzeiro. Para ter uma ideia, chegamos lá, abrindo as gavetas dos problemas do clube, cada vez saia um absurdo. Primeiro, jogo no Mineirão, partia de menos de 20 mil ingressos, que tinha que ir para a Máfia Azul de forma gratuita. Eles vendiam para a turma deles lá, era uma forma que a torcida (organizada) monetizava.”

Por fim, Ronaldo citou como isso influenciava no dia a dia: “Ai eu chego e corto. Estavam me adorando e, uma semana depois, me odiando: ‘isso aqui é meu negócio, meu clube. Pô, torcedor, tu é organizada para torcer, tu precisa comprar meu ingresso. Me ajuda a te ajudar.'”

Ademais, Ronaldo citou também outra situação envolvendo camisas oficiais: “Mas isso vai muito mais (além). Cada conselheiro tinha 50 camisas que a gente tinha que dar. Ai chegamos lá, e todo ano, nos últimos três anos, o Cruzeiro começava devendo R$ 2 milhões de camisa para a Adidas. Já parte assim, 300, 350 conselheiros, cada um pedia 50: ‘corta, corta presente de conselheiro, não tem.’ Vamos falar com a Adidas para conseguir a preço de custo, talvez, e você paga.”

No complemente, ele ressaltou que as medidas, ainda que impopulares, eram necessárias: “São medidas impopulares, mas necessárias, que ficaram putos. E qual a maneira deles retaliar isso? Volta o sistema de antigamente, o que vocês precisam? Vamos arrumar ai. Mas, xinga aquele cara (Ronaldo). Entre outras coisas, é complicado.”

Por fim, Ronaldo revelou conversa com Pedro Lourenço sobre o tema: “Falei com o Pedrinho (atual presidente), que para mudar as coisas, precisava de medidas impopulares, e tinha muita gente que ia ficar chateada. Sempre entendi isso muito bem, só que esse movimento de torcida organizada, que ta vendo um lado financeiro, um negócio dele, contamina o torcedor normal que compra o ingresso. Porque o torcedor vê a torcida (organizada) reclamando e xingando, e vai xingar também.”

Sob a gestão de Ronaldo, e o comando técnico de Paulo Pezzolano, o Cruzeiro retornou a Série A do Brasileirão, logo no primeiro ano de SAF. O clube fez uma campanha história, conquistando o acesso com a maior quantidade de rodas de antecedência na história.

Diego Marinho

Mineiro, 32 anos e setorista do Cruzeiro no Diário Celeste.

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6 Comentários

  1. Não época do Gilvan ele já denunciava isso… E organizada vivia atrás dele pra isso mas ele falava que torcida que tem que ajudar o clube e não ao contrário

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