Por ação do Cruzeiro, Justiça bloqueia imóvel de luxo de Itair Machado; veja valor

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Por ação movida pelo Cruzeiro, a Justiça bloqueou imóvel de luxo pertencente a Itair Machado, que foi vice-presidente do clube. Na ação, o Cruzeiro alega desvio de R$ 6.861.243,06 na gestão do presidente Wagner Pires de Sá, e pede ressarcimento do valor.

Contudo, a ação não foi transitada em julgado, ou seja, ainda não é definitiva. Mas, com o arresto, o imóvel ficou como garantia caso Itair Machado seja de fato condenado a pagar o valor. O imóvel fica em um condomínio de luxo em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte.

Ademais, vale destacar que o apartamento está no nome da empresa Conartes Engenharia e Edificações Ltda. Mas, a decisão entende que houve simulação na aquisição do imóvel e que o dinheiro seria, na verdade, de Itair Machado e sua esposa.

“Sendo assim, como já reconhecido nos autos, entendo que o imóvel, apartamento compõe o patrimônio do requerido Itair Machado e, portanto, tem o condão de responder pela pretensão de pagamento objeto desta ação.” – Disse o juiz Mauricio Leitão Linhares em despacho

Wagner Pires de Sá e Itair Machado eram, respectivamente, o presidente e vice-presidente do Cruzeiro durante a maior crise financeiro que o Cruzeiro viveu, culminando no rebaixamento a Série B do Brasileirão.

Denúncias por gestão no Cruzeiro

A TV Globo através do programa Fantástico, divulgou uma matéria que agitou os bastidores do Cruzeiro em 2019, afirmando que a diretoria do clube era investigada pela Polícia Civil de Minas Gerais, por suspeita de falsificação de documentos, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Entre as denúncias estavam contratos que teriam sido feitos com duas organizadas do Cruzeiro. Além de pagamento que também teriam sido feitos a influenciadores durante a gestão de Wagner Pires de Sá e Itair Machado.

Saída do Cruzeiro

Com ambiente conturbado e respondendo na Justiça sobre denúncias, Itair Machado deixou o Cruzeiro em outubro de 2019, com o time brigando contra o rebaixamento. Na época, Wagner Pires de Sá nomeou Zezé Perrella como a última cartada para tentar salvar o clube da queda para a segunda divisão.