Ex-técnico do Cruzeiro cita influência de Sóbis na sua queda e defende Ronaldo; confira
Felipe Conceição foi técnico do Cruzeiro em 19 jogos em 2021.
Atualmente sem clube, o técnico Felipe Conceição acumula na sua trajetória uma breve passagem pelo Cruzeiro em 2021. Onde comandou a equipe em 19 jogos no tumultuado ambiente do segundo ano consecutivo na série B. Porém, diante disso, em entrevista ao Podcast Resenha com o FT, ele apontou a parte política como fator de sua queda, citando influência de Rafael Sóbis:
“Lembro que pedi o presidente para pagar o salário em dia, e que pudesse deixar a gente trabalhar, cuidasse do ambiente externo, mas não foi feito. A parte política não me deixou trabalhar. Esse problema do Sobis é a ponta do iceberg. É só ver uma entrevista dele falando que fez três acordos com o Cruzeiro e não recebeu. Que o presidente da época prometeu num sei o quê e não cumpria.” – disse Felipe Conceição
Ademais, ele detalhou mais a situação com Sóbis: “O Sobis saiu reclamando da substituição. Ali já era um ‘tira o Felipe’, mas por outros interesses. É tanto problema dentro do clube que, querendo fazer a coisa certa, você acaba se tornando um problema. O Sobis foi usado para fazer aquilo, você sente. No jogo seguinte, não permiti a indisciplina, deixei no banco e caí. Você percebe que é pra te tirar, isso acontece no futebol. Mas o contexto era muito ruim, estava na cara que ia acontecer.”
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Na sequência, Conceição defendeu Ronaldo, gestor do Cruzeiro, em saída do ídolo Fábio: “Por que o Cruzeiro mandou o Fábio embora? Tinha que tirar. O Fábio é meu amigo, jogamos juntos no sub-20 da Seleção Brasileira, mas não era para estar no Cruzeiro mais. Já passou tanta coisa ruim com ele ali dentro que ele não merece. O Cruzeiro tinha que virar a página. O Ronaldo fez bem de limpar, precisava disso.”
Outro perfil de atleta
Ademais, ele declarou que havia apontado a necessidade de uma limpa no elenco: “Quando estou na reta final do Estadual, tenho uma reunião com o presidente e com diretores e falo que precisava limpar. O único que falei que podia ficar, mas que precisava sentar e conversar bem era o Fábio. Mas o Sobis e o Marcelo Moreno eram pra sair. O Manoel, que veio para o Fluminense, era para sair. Não porque eram ruins, mas o Cruzeiro, naquele momento, tinha que ter um outro perfil de atleta. Com fome, querendo levar o clube pra Série A.”