Ricardinho, Ídolo do Cruzeiro

Um dos grandes nomes da história do Cruzeiro é o ex-volante, Ricardo Alexandre dos Santos, mais conhecido como Ricardinho, que escreveu seu nome na história do Maior de Minas, como um dos grandes atletas que vestiram a camisa estrelada.

Mineiro, Ricardinho nasceu em Passos, mas fez toda a categoria de base em Belo Horizonte, no Cruzeiro. Onde foi testado como armador, mas foi recuado para atuar como volante, em função da grande visão de jogo, poder de marcação e excelente preparo físico. Além disso, posteriormente, recebeu o apelido de mosquitinho azul por ser franzino.

Foi na raposa também que ele deu seus primeiro passos no profissional, estreando no empate sem gol com o Democrata, pelo Campeonato Mineiro de 1994. O torneio, inclusive, seria o primeiro título de Ricardinho pelo Cruzeiro.

No ano de 1995, com apenas 19 anos, Ricardinho já era titular absoluto do time, formando o meio-campo com Fabinho, Donizete Oliveira e Palhinha. Além disso, devido à excepcional qualidade, mantinha no elenco titular independente do técnico. Dessa forma, conquistou seu maior título pelo Cruzeiro: Copa Libertadores de 1997.

O tempo foi passando, e Ricardinho cada vez com mais experiência, tornou-se um dos líderes do elenco, permanecendo por oito anos consecutivos na raposa. Período onde conquistou diversos títulos, como, por exemplo, o bicampeonato da Copa do Brasil (1996 e 2000). Ainda sobre os títulos, a Copa Sul-Minas de 2002 foi um dos últimos da primeira passagem, encerrada no mesmo ano: Ricardinho foi para o Kashiwa Reysol, time que disputava a J-League.

Em 2007, Ricardinho retornou ao Cruzeiro, sendo considerado uma das principais contratações para um projeto que visava disputar o título do Brasileirão. No entanto, ele não conseguiu repetir as grandes atuações de outrora, saindo vaiado em seu último jogo, mesmo com a vitória por 3×1 sobre o Vasco.

Considerando todos os títulos conquistados, Ricardinho destacou a Copa do Brasil de 96 como especial, em entrevista ao Superesportes em 2020: “A Copa do Brasil de 1996 é um dos títulos mais especiais da minha carreira. Briga só com o da Libertadores (risos). Foi mais expressivo ainda pelos adversários que cruzamos ao longo da campanha, Flamengo, Corinthians, e Palmeiras, na final, que tinha uma equipe muito forte. Aquilo foi muito especial. O título ganhou esse status importante na minha vida também pela comemoração. Foi uma coisa de louco. Lembro que chegamos a Belo Horizonte no carro de bombeiros, cruzamos o centro, a cidade toda. Foi impressionante, é uma coisa que não acontece da mesma forma há muito tempo aqui em Belo Horizonte.”

Ademais, Ricardinho falou sobre sua saída: “Isso já estava na minha cabeça há mais ou menos um mês. Só que o time estava numa fase difícil e eu preferi esperar o momento certo. São mais de 400 jogos aqui no Cruzeiro e acho que tudo tem um fim. O meu ciclo aqui dentro acabou. Não tenho problema nenhum com imprensa ou torcida. A torcida do Cruzeiro para mim foi ótima em todos os sentidos e a diretoria também foi sensacional. Não tenho nada o que reclamar de ninguém, todo mundo foi super gentil comigo. Fui muito feliz aqui no Cruzeiro por tudo o que aconteceu. Agradeço às pessoas que me ajudaram. Tenho uma história maravilhosa aqui dentro, que dificilmente outro jogador consegue. Vai ficar a saudade e espero que todo mundo lembre de mim por coisas boas que fiz aqui no Cruzeiro.”

  • Nome Completo: Ricardo Alexandre dos Santos
  • Apelido: Ricardinho, mosquitinho azul
  • Nascimento: 24/06/1976
  • Jogos pelo Cruzeiro: 441 jogos
  • Gols pelo Cruzeiro: 46 gols
  • Títulos pelo Cruzeiro: Copa Libertadores (1997), Recopa Sul-americana (1998), bicampeão da Copa do Brasil (1996 e 2000), bicampeão da Copa Sul-Minas (2001 e 2002), Copa Oeste (1999), tetracampeão Campeonato Mineiro, Copa Master da Supercopa (1995), Copa Ouro (1995), Supercampeonato Mineiro (2002) e Copa do Campeões Mineiro (1999)
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