Supercopa 1991 – Títulos do Cruzeiro

A Supercopa dos Campeões da Libertadores foi um importante torneio organizado pela CONMEBOL entre os anos de 1988 e 1997. A competição reunia todos os campeões da Copa Libertadores da América.

O vencedor da Supercopa disputava, no ano seguinte, a Recopa Sul-Americana contra o campeão da Copa Libertadores. O Cruzeiro, campeão da Libertadores no ano de 1976, participou de todas as edições do torneio.

Em 1991, o Cruzeiro estreou na competição enfrentando o Colo-Colo, do Chile, no Mineirão. A partida terminou sem gols. No jogo de volta, no Estádio Monumental David Arellano, em Santiago, houve um novo empate sem gols.

A decisão da vaga nas quartas de final foi, então, para as cobranças de pênaltis. Nas penalidades, a equipe celeste levou a melhor.

COBRANÇAS DE PÊNALTIS:
COLO-COLO: Rubén Martínez, Juan Carlos Peralta (PERDIDO), Eduardo Vilches, Hugo Rubio(PERDIDO) e Ricardo Dabrowski
CRUZEIRO: Adilson Batista(PERDIDO), Boiadeiro, Mário Tilico, Charles e Paulão.

Nas quartas de final, o Cruzeiro enfrentou o Nacional, do Uruguai. Na primeira partida, no Mineirão, a equipe celeste deu um show, aplicando uma goleada por 4X0. Charles, aos 7’ e aos 20’, Boiadeiro, aos 80’ e, novamente Charles, aos 88’, marcaram os gols da raposa.

Uma semana depois, as equipes voltaram a se enfrentar, dessa vez no Estádio Centenário, em Montevidéu. A partida foi tenda para a raposa que não conseguiu apresentar um bom futebol. Os uruguaios venceram por 3 x 0.

Classificado para as semifinais, o Cruzeiro enfrentou o Olimpia, do Paraguai. No primeiro jogo, disputado no Mineirão, as equipes empataram em 1 x 1. Marquinhos, marcou aos 10’ para a Raposa, Carlos Guirland, aos 65’, deixou tudo igual.

Na volta, no Defensores del Chaco, em Assunção, houve novo empate, dessa vez por 0 x 0. Mais uma vez, a decisão da vaga foi definida nas penalidades.

Nas cobranças de pênaltis, Guirland, do Olimpia, bateu para fora a primeira cobrança. Os jogadores da Raposa converteram todas as suas cinco batidas, classificando, assim, a equipe celeste para as finais.

Nas finais da Supercopa, o Cruzeiro enfrentou o River Plate. Para chegar à decisão, os argentinos haviam eliminado Grêmio, Flamengo e Peñarol.

A primeira partida da decisão foi disputada no Monumental de Núñez, em Buenos Aires. Com gols de Rivarola, aos 32’, e Higuaín, aos 44’, a equipe da casa venceu a partida por 2 x 0, abrindo, assim, grande vantagem na disputa pelo título.

A finalíssima aconteceu no Mineirão. Por ter perdido a primeira partida por 2 x 0, a Raposa precisava de uma vantagem de três gols para levantar o troféu de campeão.

Mais de 67 mil torcedores compareceram ao Mineirão, confiantes de que o Cruzeiro reverteria o placar e voltaria a conquistar um título internacional após 15 anos de jejum.

Os jogadores celestes entraram em campo determinados a reverter o placar. Ademir, aos 34 minutos, após cobrança de escanteio, marcou de cabeça o primeiro gol da partida.

Na segunda etapa, a Raposa voltou com a mesma intensidade. Logo aos 6 minutos, Macalé cruzou na área, Mário Tilico se antecipou aos zagueiros argentinos e desviou com os pés para o fundo do gol.

O empate levava a decisão para os pênaltis. Muito superior em campo, o Cruzeiro perdeu diversas chances de matar a partida. Finalmente, aos 30 minutos, Charles fez grande jogada e chegou à linha de fundo. O atacante rolou a bola para Mário Tilico, que chegava em velocidade, e este chutou de primeira, fazendo o gol do título celeste.

Após o gol, a torcida enlouqueceu no Mineirão e cantava alto. Quando veio o apito final, uma multidão invadiu o gramado para comemorar, junto aos jogadores, a conquista da Supercopa.

Botão Voltar ao topo